Crítica

[Crítica] His Dark Materials: 1×03 – The Spies

O terceiro episódio da primeira temporada de His Dark Materials, “The Spies”, nos trouxe uma série de novas informações, aprofundou ainda mais nos dramas e histórias dos personagens e criou um cenário ainda mais empolgante para o que está por vir.




Como disse anteriormente, não li os livros e não assisti ao filme baseado na obra dos livros de Philip Pullman. Então a série da HBO está sendo todo o meu primeiro contato com esse universo. Enquanto no primeiro episódio eu estava mais perdida com as novas informações, no segundo já estava mais familiarizada e agora, no terceiro, mais empolgada.

A série está conseguindo, para mim, criar uma crescente e construir um clima de mistério e tensão, que nos faz sempre esperar pelo próximo, enquanto expande o que está acontecendo no episódio da semana. Dessa vez, entendemos ainda mais sobre como daemons funcionam e descobrimos sobre a história de Lyra (Dafne Keen). A propósito, a jovem atriz está, como sempre, ótima.

O episódio da semana começa pouco após o fim do episódio da semana passada, quando Lyra foi sequestrada. Os gípcios continuam rumo ao Norte, em busca das crianças desaparecidas, e tudo indica que eles chegarão ao local semana que vem. Em paralelo a isso, nos aprofundamos na Sra. Coulter (Ruth Wilson) e sua tristeza. Se antes ela comentou que não gostava de altura, pois sentia que poderia pular, agora a vimos indo de encontro a esse medo. Também foi interessante ver a Sra. Coulter fazendo uso das moscas espiãs, proibidas pelo Magistério, para encontrar Lyra.




His Dark Materials também mostrou com ainda mais detalhes a conexão entre o daemon e seu dono, quando vemos a Sra. Coulter afirmando que irá torturar um dos gípcios que entrou em sua casa em busca de informações e ele decide se matar. Imediatamente, o seu daemon vira pó. No episódio anterior vimos a jornalista morrer assim que sua daemon, uma borboleta, era esmagada dentro de uma mão. Mas agora essa relação ficou ainda mais visualmente explicada, já que se tratava de um daemon maior.

Toda a cena de Tony Costa (Daniel Frogson) e seu amigo invadindo a casa da Sra. Coulter foi legal de assistir, com bons elementos de tensão. O final, com um deles sendo capturado e, em seguida, decidindo se sacrificar, foi bem inesperado. Mas… se o macaco da Sra. Coulter viu os dois na casa, por que não a avisou que havia outro menino por lá?

Já Lyra, sempre com os gípcios, nos trouxe ainda mais informações sobre os gípcios, sobre o aletiômetro e sobre sua história. Pela primeira vez, Lyra conseguiu usar o aletiômetro. E esse seu conhecimento é muito valioso para quem está ao seu redor – nesse caso, atualmente os gípcios. Também pudemos entender mais sobre sua relação com Pan.

A mãe Ma Costa (Anne-Marie Duff) revela para Lyra que a Sra. Coulter é sua mãe. Isso explica um dos motivos para a Sra. Coulter estar incansavelmente à procura de Lyra. Com as moscas espiãs, ela descobriu onde a garota está. Mas provavelmente não adiantará de nada, já que ela e os gípcios já estão se encaminhando ao Norte.




Um dos momentos mais bonitos do episódio, para mim, foi quando Lyra contou que gostaria de ficar com Pan, naquele formato, para sempre. Quando criança, o daemon muda de forma dependendo do momento. Ao virar adulto, o daemon assume uma forma única sempre. E então descobrimos que quando um adulto não gosta da forma definitiva que tem o seu daemon é porque não se aceita, não aceita a sua imagem.

Apesar de ser um episódio quase que inteiramente nos mesmos cenários, a história andou bastante em sua narrativa e aprofundamento dos personagens. E deixou o cenário perfeito para criar a curiosidade de ver o que nos aguarda no Norte.

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