[Crítica] De Repente Uma Família (2018)
De Repente Uma Família é um filme doce e cheio de humanidade. Pete (Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne) são um casal e decidem iniciar uma família. Os dois decidem que irão adotar uma criança (e não um bebê, idade em que geralmente acontece a adoção).
Mas eles acabam se interessante por uma adolescente de 15 anos Lizzie, interpretada por Isabela Moner. E ela tem dois irmãos mais novos. Ou seja, eles acabam adotando três pessoas. O filme é inspirado em eventos que aconteceram na vida do diretor e roteirista Sean Anders. E provavelmente por isso o filme funciona bem.
Wahlberg e Byrne estão ótimos em seus papéis. Eles conseguem transmitir todo o amor, dúvida e momentos de angústia como pais de primeira viagem. E Moner também brilha no filme. Ela consegue nos transmitir várias nuances da personagem com naturalidade. Ela consegue transmitir toda a raiva, fragilidade e insegurança de sua personagem. Octavia Spencer e Tig Notaro completam o elenco, itnerpretando assistentes sociais. Seus papéis são menores, mas adicionam um bom lado cômico no filme sempre que aparecem.
De Repente Uma Família é um filme gratificante de assistir. É um filme com coração. Você se vê facilmente investido na jornada emocional do filme e na história daqueles personagens. O filme passeia entre a comédia e a comédia dramática e consegue tanto aquecer o nosso coração quanto arrancar risos.
O filme cumpre seu papel de nos dar informações sobre a situação de crianças em sistema de acolhimento e também lados positivos da adoção, assim como lados mais difíceis, mas recompensadores quando superados. O filme trata do drama das crianças e dos pais adotivos, do arrependimento, dos atritos… Não deixa de ser um filme previsível, mas vale para quem quer assistir a um filme sincero e doce, com um bom equilíbrio entre coração e humor. Talvez não retrate fielmente a realidade do sistema de assistência social, mas passa uma boa mensagem e fala sobre questões sobre adoção que talvez nunca refletimos.