[Crítica] Westworld: 2×01 – Journey Into Night
Neste domingo (22), finalmente estreou a segunda temporada de Westworld! O primeiro episódio, “Journey Into Night”, teve transmissão simultânea na HBO de todo o mundo; a emissora ficou com sinal aberto no Brasil.
Faz mais de um ano que Westworld finalizou a primeira temporada. Com tanto tempo, é normal esquecer alguns detalhes importantes que foram revelados na primeira temporada. Por exemplo: Bernard = Arnold; Homem de Preto = William.
No episódio de estreia da segunda temporada, vimos a história em diversos períodos. A noite da festa e o dia seguinte, algum momento que é aproximadamente duas semanas depois do acontecimento, o momento em que Karl Strand, da empresa Delos, e sua equipe de segurança encontram Bernard na praia, alguns flashbacks mais misteriosos, como quando Arnold (Bernard?) estava tendo debates filosóficos com Dolores.
A conversa entre Arnold e Dolores tem ligação com a cena final, em que Bernard afirma que matou todos os hosts que estão no mar. “Eu sonhei que estava num oceano, com você e os outros na costa distante… Você me deixou para trás, e as águas estavam subindo em volta de mim”, diz Arnold para Dolores, no início do episódio. Dolores pergunta o significado do sonho e Arnold responde que não significa nada, pois sonhos não são reais. Então, Dolores pergunta: “O que é real?”. Arnold responde: “O que é insubstituível”. Dolores rebate: “Não é completamente honesto”.
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“O que é real?” é uma pergunta que sintetiza bem a série. Westworld faz perguntas e essas respostas não precisam ser dadas rapidamente. E podemos esperar que toda a temporada continue mostrando, a cada episódio, cenas intercaladas do presente, passado e futuro. Com o caos instalado após a primeira temporada, nesta nós poderemos ver como os personagens principais sobrevivem neste caos.
Os robôs não são reais? Bom, Maeve mostrou neste episódio para Lee Sizemore que, mesmo que ele insista que ela não é real, ela poderia usar suas mãos “irreais” para matá-lo, se quisesse. Realidade é subjetiva. Esse é um ponto que deve ficar sendo frisado em Westworld.
Todos os personagens estão com objetivos bem definidos agora. Maeve, Lee Sizemone e Hector estão em busca da filha de Maeve e formam um trio super empolgante; as cenas de Maeve e Lee foram algumas das melhores do episódio. Dolores, Teddy e Angela (lembram dela?) agora estão com sede de vingança (sangrenta) contra as pessoas que os atormentaram durante anos. Bernard e Charlotte Hale estão em partes escondidas do parque, tentando solicitar um resgate. E o Homem de Preto continua pelo parque, agora em sua última missão: encontrar “a porta”. Essa missão parece ter sido feita apenas para William, e Ford parece animado em brincar com seu antigo rival mesmo depois de morto, utilizando o seu corpo quando menino para mandar mensagens enigmáticas para o Homem de Preto.
Lee Sizemore não era exatamente um personagem empolgante e que a gente morria de vontade de ver mais na tela. Mas ao colocá-lo ao lado de Maeve, a dinâmica do personagem mudou e acabou sendo um ponto alto de “Journey Into Night”. É engraçado ver Maeve com falas irônicas e Sizemore pontuar, meio contrariado por ser o alvo, que ele que escreveu aquelas falas. Outro ponto alto do episódio são as atuações. Ver a transformação que a atriz Evan Rachel Wood conseguiu transmitir da filha do fazendeiro para a atual mulher com sede de vingança foi incrível. “Journey Into Night” conseguiu dar um gás inicial para a nova temporada e despertar interesse para o que vai acontecer a partir de agora.
Uma pergunta curiosa ficou em aberto: Os cartões da Delos contavam com pessoas com “status de alta prioridade”, incluindo Bernard. O que significa esse status de prioridade “alto”? E uma curiosidade: “Journey Into Night”, nome do episódio, é também o nome da nova narrativa que Ford estava lançando pouco antes de morrer naquela noite.
PS: Vale lembrar que Westworld é exibido simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos. Os episódios semanais são transmitidos todos os domingos na HBO Brasil, às 22h, horário de Brasília. Que venham os próximos domingos!
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