[Crítica] Liga da Justiça (2017)
Quando Liga da Justiça foi anunciado, a principal dúvida era: ele será tão bom quanto Mulher-Maravilha (leia a crítica aqui) ou tão criticado quando Batman vs Superman e Esquadrão Suicida (leia a crítica aqui)? O filme estreou e…
Ele tinha uma tarefa complicada, uma pesada missão nas costas. Diferente da Marvel, que apresentou basicamente todos os super-heróis antes de Os Vingadores (2012), em Liga da Justiça aconteceu o oposto. Já conhecíamos Mulher-Maravilha, Superman e Batman. Conhecemos mais sobre eles e também sobre Aquaman, Flash e Ciborgue, que devem ganhar seus filmes solos em breve.
Liga da Justiça começa logo após do final de BvS, com a morte do Superman (Henry Cavill). A morte do Superman fez do mundo um lugar mais perigoso. Bruce Wayner, o Batman (Ben Affleck) investiga com Alfred (Jeremy Irons) e Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) sobre o Logo da Estepe (Ciarán Hinds), que possivelmente ameaça a Terra. E aqui está o primeiro problema do filme.
O Lobo da Estepe foi exilado há milênios e pode voltar à Terra em busca das Caixas Maternas, que podem destruir o planeta. Relutantes, os super-heróis aceitam se unir para salvar a Terra. A história é batida, mas esse não é exatamente o problema. O problema do longa é o vilão. Ele é unidimensional, é um vilão bem clichê, cheio de frases de efeito. Ele é malvado. Por quê? Porque sim e pronto. O vilão é bem genérico e o CGI não é lá essas coisas todas…
O vilão é o principal defeito de Liga da Justiça, mas não destrói o filme. A história é bem simples, mas a DC consegue fazer uma boa caracterização desses personagens tão icônicos no imaginário popular. Ben Affleck está bem como Batman, com atuação sólida. O ator consegue nos mostrar mais nuances do personagem e deixar nítido como o personagem está cansado e com um ar mais melancólico. Gal Gadot continua super carismática e roubando nossa atenção sempre que possível. Ela está confortável com o papel e tem destaque no longa, após o sucesso que foi seu filme solo.
Flash (Ezra Miller), Ciborgue (Ray Fisher) e Aquaman (Jason Momoa) ainda terão seus filmes solo. Mas cada um deles ganha bom tempo de tela para serem bem apresentados. Suas histórias não são totalmente explanadas, mas isso certamente fica para o filme solo de cada um. Flash é o alívio cômico do filme. Ele me divertiu na maior parte do tempo, mas em alguns momentos senti exagero. No próximo filme, acho que um Flash menos over me agradaria mais. O personagem ajuda a deixar o filme menos sombrio e mais bem humorado. Ezra Miller está muito confortável no papel e foi uma ótima escolha. Assim como Jason Momoa, que adiciona boas pitadas de sarcasmo ao filme.
A volta do Superman é meio corrida. Mas seu encontro com Lois Lane (Amy Adams) e sua mãe Martha (Diane Lane) adiciona cenas bem tocantes e bonitas no longa.
Liga da Justiça é um filme que diverte e nos dá uma boa introdução ao que deve vir por aí. Os super-heróis são carismáticos e funcionam juntos. O roteiro é raso, mas Liga da Justiça acerta no carisma e química entre os personagens principais e boas cenas de ação. Não é um filme ousado e perfeito, mas foi um acerto da DC.
Obs: O filme tem duas cenas pós-créditos.
Leia também:
[Crítica] Esquadrão Suicida (2016)