Crítica

[Crítica] Capitão América: Guerra Civil (2016)

[Crítica] Capitão América: Guerra Civil
A adaptação de uma das narrativas mais conhecidas dos quadrinhos criou uma grande pressão em cima de Capitão América: Guerra Civil. A expectativa do público era grande. Como a Marvel iria traduzir o embate entre Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Steve Rogers (Chris Evans)? O resultado foi satisfatório.

Os Vingadores salvam o mundo, todo mundo sabe. Mas os seus atos sempre deixam um traço de tragédia e destruição. O filme começa com o Capitão América liderando um grupo de Vingadores tentando proteger a humanidade. Mas um incidente causa danos colaterais e podemos ver o que isso causa no psicológico dos heróis. 
É certo assassinar alguns para fazer outros viverem? Com esse questionamento, países da ONU criam o Acordo de Sokovia, lei que registra os super-heróis como funcionários. Agora, eles só devem entrar em ação caso sejam solicitados por alguma das nações do tratado. 
O problema é que o Homem de Ferro e o Capitão América pensam diferente sobre o assunto. Tony Stark apoia a supervisão do governo. Enquanto Steve Rogers prefere que os Vingadores continuem livre para defender o mundo sem qualquer interferência do governo. Cada um deles têm suas próprias argumentações, e com elas cada um dos demais Vingadores escolhem os seus lados. 
[Crítica] Capitão América: Guerra Civil

Robert Downey Jr. rouba a cena sempre que aparece. O carisma do ator é evidente e fazem valer os US$ 40 milhões (!) que ele recebeu para fazer parte do filme. Aqui, Tony está mais amargurado e tem menos das piadinhas e ironias que já são clássicas. Maior parte do lado cômico do filme ficou por conta das participações especiais do Homem-Formiga (Paul Rudd) e do Homem-Aranha (Tom Holland).

Tom Holland merece menção: ele demora a aparecer no filme, mas quando aparece também rouba toda a atenção. Essa foi sua primeira aparição como o Homem-Aranha. Ele ainda é uma criança e mora com sua tia May (Marisa Tomei) e é apresentado em cena hilária com Tony Stark. Uma ótima “introdução” para Spider-Man: Homecoming, que estreia em julho de 2017. Aumentou as expectativas para o filme! E uma das melhores surpresas desse filme.

[Crítica] Capitão América: Guerra Civil

Paul Rudd também aparece pouco mas consegue “marcar presença”. Um herói que vira uma formiga já é engraçado por si só, e o filme sabe se aproveitar desse fato. Sua pequena participação tem bons momentos nas partes de maior ação, assim como em diálogos cômicos, como quando ele conhece o Capitão América. (Leia a crítica de Homem-Formiga aqui)

Outras participações importantes no filme são a de Scarlett Johansson, que interpreta a Viúva Negra e encarna meio que a “mediadora” da situação, e Sebastian Stan, que interpreta Bucky Barnes, o Soldado Invernal, que se torna suspeito de atentado terrorista.

Mas os coadjuvantes que mais me chamaram atenção foram Paul Bettany e Elizabeth Olsen, que interpretam Visão e Feiticeira Escarlate, respectivamente. A química dos dois está ótima e as cenas com os dois super-heróis são mais um ponto positivo do filme.

Capitão América: Guerra Civil consegue ser um filme mais denso e sombrio, e pode ser considerado um dos mais sérios da Marvel até agora. Conseguimos ver conflitos dos personagens e suas falhas. O Homem de Ferro e o Capitão América são heróis, são protagonistas, são os “mocinhos”, mas ao mesmo tempo são os antagonistas de suas históricas. Cada um tem sua convicção e motivação.

Os dois primeiros atos são mais tensos e sombrios, enquanto o terceiro traz o alívio cômico que comentei acima. E o grande embate entre os dois heróis promete levar os fãs à loucura.

[Crítica] Capitão América: Guerra Civil

Capitão América: Guerra Civil se firma como um filme denso, ambicioso, forte, sério, de ação e cômico, tudo isso sem exagero em nenhuma parte, tudo na dose certa. O filme também consegue dosar bem o tempo em tela e certo aprofundamento de cada um de seus personagens principais (que não são poucos!). Conseguimos entender um pouco mais da visão de cada um deles e nos divertir a cada interação. O excesso de personagens poderia ser a razão de um filme perdido e sem foco. Mas não. Ponto pra Marvel!

Nota: 4/5

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *