Walter Salles, bilionário e cineasta, defende taxação dos super-ricos no Brasil
Walter Salles, cineasta premiado e herdeiro de uma das maiores fortunas do país, chamou atenção ao declarar apoio à taxação das grandes fortunas e à reforma tributária durante o Prêmio Faz Diferença, realizado no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em 8 de julho. O evento celebrou Salles e Fernanda Torres como personalidades do ano.
Em seu discurso, Salles destacou a urgência de corrigir “distorções de um sistema que, como a gente sabe, cobra mais de quem tem menos”. Ele afirmou: “quero deixar aqui todo o meu apoio à tributação progressiva, todo o meu apoio à taxação das grandes fortunas”. Ressaltou ainda seu compromisso com uma democracia justa, especialmente em um momento político delicado marcado pela disputa entre Executivo e o Congresso.
Segundo a revista Forbes, Walter Salles está entre os 12 homens mais ricos do Brasil, com fortuna de cerca de US$ 4,5 bilhões (≈ R$ 26 bilhões). A fala ganha força diante da proposta do governo Lula de instituir imposto mínimo de 10% sobre quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano, em troca de isenção para até 15 milhões de contribuintes de baixa renda.
A defesa da taxação pelos super-ricos, avaliada por muitos como um gesto simbólico, sinaliza um alinhamento entre artistas influentes e pautas de justiça social e fiscal no Brasil atual.
