[Crítica] Flesh and Bone: 1×01 – Bulling Through

[Crítica] Flesh and Bone: 1x01 - Bulling Through
Sempre bom quando uma série consegue prender você já no primeiro capítulo. Mas antes de entrar em detalhes, preciso dizer: Talvez aqui esteja uma visão meio parcial. Não sei dizer se alguém totalmente alheio ao mundo do balé e da dança gostaria da série tanto assim. Como alguém que já participou desse mundo durante anos, posso dizer que fiquei fascinada!

A sinopse é clássica em histórias desse mundo: uma menina que consegue entrar numa clássica companhia de dança em Nova York. A série foi criada por Moira Walley-Beckett. Talvez você não conheça assim de nome, mas ela é uma das produtoras e roteiristas da maravilhosa Breaking Bad.
A série começa num clima de mistério, mostrando Claire Robbins (Sarah Hay), saindo de casa. Ela faz audição para a famosa American Ballet Company e consegue passar. E essa cena já foi um dos destaques do episódio. O diretor artístico da companhia pede para Claire o impressionar. 
Assim que isso aconteceu, pensei: “É tão ruim quando isso acontece, a série/filme mostra a coreografia e ela não consegue ser tão impressionante assim, mas para o bem da história ela impressiona a todos e a bailarina consegue tudo o que queria”. E a solução pra isso na série foi fácil e eficaz. Em vez de mostrar Claire “impressionando” o diretor artístico, a cena focou apenas em seu rosto, em plano fechado. Foi incrível como mostrou Paul Grayson (Ben Daniels) mudando as expressões, primeiro arrogante, depois impressionado, depois emocionado.
Em seguida começamos a entrar na rotina da companhia. Como era de se esperar, Claire impressiona já no início e Paul tem a ideia de fazê-la a principal bailarina da próxima temporada de apresentações.

O episódio também nos apresenta alguns outros personagens, como Kiira (Irina Dvorovenko), uma bailarina que está envelhecendo e se vê sendo ultrapassada por Claire, Daphne (Raychel Diane Weiner), que conta seu segredo a Claire, que é trabalhar num clube de strip (e até a leva para assistir uma apresentação) e e Mia (Emily Tyra), com quem Claire divide o apartamento.
A cena em que Claire vê a amiga do clube de strip é interessante. Ela começa olhando todo o lugar com uma espécie de medo, assustada, até que em certo momento das apresentações parece relaxar e parece estar fascinada com o que vê. Até que esse “sonho” é quebrado quando um cliente vem falar com ela, e ela dentro direto num “pesadelo”, andando pelo espaço novamente assustada ao ver cada uma das mulheres trabalhando nas salas privadas. Tudo isso desemboca nela em frente ao espelho, em sua casa, encarando o seu próprio corpo nu.
Vemos o diretor artístico conversando com um homem, falando que deseja fazer um balé novo, e não Giselle. E aqui um adendo: Ainda bem! Acho Giselle lindo, mas sempre que tiver que escolher entre Giselle e outro, acabo escolhendo outro, ainda mais se for uma criação própria, que é o que parece ser o caso da série. Claire conhece esse homem na festa da companhia e no dia seguinte apresenta uma coreografia nova para ele e Paul.

Essa “apresentação” de Claire foi feita antes do horário da aula. Sua colega de quarto viu por trás da porta, ficou intrigada e não demorou para contar para todas as outras bailarinas. Ela disse que ela estava dançando algo que “definitivamente não era Giselle“. E aí, claro, todas as bailarinas ficaram transparecendo toda a inveja que sentiam.
É legal como a série mostra como Claire é brilhante, mas não tem noção disso. Apesar de encantar uma parte das pessoas e despertar inveja no restante, ela sempre executa seus movimentos brilhantes com uma cara de medo e pavor, sem ter noção de seu próprio poder.
E para fechar o episódio da maneira mais perturbadora, Claire finalmente atende Bryan, que passou todo o episódio a ligando, sem sucesso. Descobrimos que ele é seu irmão, mas segundos depois descobrimos que ele se masturba enquanto está falando no telefone, deitado na cama em que ela dormia, perguntando onde ela está. Ela não responde e não consegue segurar o choro.
Nota: 5/5

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