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Guillermo del Toro diz que nunca usará IA generativa em filmes: ‘Prefiro morrer’

O diretor Guillermo del Toro voltou a se posicionar contra o uso de inteligência artificial generativa na indústria do cinema. Em entrevista à NPR, o cineasta mexicano, vencedor de oito prêmios do Oscar, afirmou que rejeita completamente a tecnologia e não pretende utilizá-la em seus trabalhos.




“IA, particularmente IA generativa, não me interessa, nem nunca estarei interessado. Tenho 61 anos e espero permanecer desinteressado até bater as botas. Outro dia, alguém me mandou um e-mail me perguntando minha opinião sobre IA, e minha resposta foi curta: ‘prefiro morrer’”, declarou.

Del Toro também aproveitou para ironizar a discussão crescente sobre o uso da tecnologia em Hollywood. “Minha preocupação não é a inteligência artificial, mas a estupidez natural. É isso que está por trás de tudo de pior que acontece no mundo”, afirmou o diretor, conhecido por títulos como O Labirinto do Fauno e A Forma da Água.

O cineasta, que atualmente promove sua adaptação de Frankenstein para a Netflix, comparou o personagem clássico com os criadores de novas tecnologias. “Frankenstein se parece com os caras da tecnologia, de certa forma. Ele está meio cego, criando algo sem considerar as consequências. Acho que temos que pausar e pensar sobre o caminho que estamos tomando”, explicou.

Na semana passada, durante o Lumière Film Festival, na França, Del Toro já havia expressado o mesmo posicionamento. Antes da exibição de Frankenstein, disse ao público: “A IA pode se f****”. A fala foi aplaudida e reforçou a imagem do diretor como uma das vozes mais críticas à automatização de processos criativos no cinema.