Crítica

[Crítica] Unbreakable Kimmy Schmidt – 1ª temporada (Netflix)




Unbreakable Kimmy Schmidt chama atenção de cara por causa de quem a criou: Tina Fey e Robert Carlock. A série estava toda pronta, tinha 13 episódios prontinhos e seria exibida no canal NBC. Perto da finalização da série, a NBC desistiu dela. E então a série foi apresentada para a Netflix, que acabou a exibindo. Ainda bem!

Vamos nos situar: no ano de 2013, a polícia de Cleveland libertou quatro mulheres de um cativeiro. Elas haviam sido abusadas e torturadas durante 10 anos. Entre elas, uma se destacou por ter segurado as pontas emocionais e encontrado um grande otimismo dentro de si: Amanda Berry. Unbreakable Kimmy Schmidt se inspira nessa história real em seu início. Mas, não, a série não se prende aos acontecimentos reais.

Na série, cada uma das mulheres volta para a sua vida após o trauma. Com exceção de Kimmy, que resolve arriscar e começar a vida em Nova York. Kimmy é super otimista e é um choque chegar numa cidade tão grande quanto NY e viver próxima de pessoas e estilo de vida tão diferentes. De novo, ela é super otimista. Mesmo.

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E a série vai muito além de Kimmy. Todos os seus demais personagens também são super envolventes e hilários. O destaque é Kimmy, vivida por Ellie Kemper, que parece ter nascido para esse papel super carismático, ingênuo e adorável (que também parece uma “extensão” de sua personagem em The Office, Erin). Mas Titus Andromedon, vivido por Tituss Burgess, é extremamente hilário em basicamente todas as cenas. Difícil não rir. Jackeline, interpretada por Jane Krakowski, também consegue roubar a cena sempre que aparece.

Há ainda uma participação especial maravilhosa: Jon Hamm. Ele é o homem que sequestrou Kimmy e as outras mulheres e faz uma ótima pontinha na série. Ah, a própria Tina Fey faz uma participação especial super engraçada!

Mas calma, não vá assistir Unbreakable Kimmy Schmidt achando que ela é do tipo comédia-realista. Aqui as piadas são bem loucas e surreais, com uns toques que já viraram icônicos, como o Peeno Noir de Titus. Assista preparado para ver situações bem malucas. Talvez por ter sido originalmente feita para a NBC, que é um canal aberto – o que instantaneamente cria alguns limites -, e já estar completamente gravada antes de chegar às mãos da Netflix, ainda falta algo na série para torná-la genial e me fazer querer dar a nota máxima. Mas talvez isso se resolva já na segunda temporada, que será feita do início ao fim pela Netflix.

Nota: 4/5

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