Crítica

[Crítica] Game of Thrones: 6×04 – Book of the Stranger




O quarto episódio da sexta temporada de Game of Thrones foi um dos mais prazerosos de assistir em muito tempo. Todo mundo adorou ver Jon Snow (Kit Harington) ressuscitar, claro, mas a gente sempre esperou que isso acontecesse, não é? Claro que aquele medinho que isso não acontecesse existia, mas…

Ver Sansa Stark (Sophie Turner) entrar no Castelo Negro deu uma sensação indescritível. E ver o olhar no rosto de Jon ao finalmente ver sua irmã novamente… deu para sentir a alegria dos dois. Cada Stark estava em um canto. Ned, Catelyn e Robb morreram. Arya desapareceu. Rickon agora está, infelizmente, no calabouço de Ramsay Bolton (Iwan Rheon).

E no meio de tanta desgraça em uma só família (!), dois Starks se reencontraram. Obrigada, Game of Thrones! Jon Snow não tem mais vontade de lutar, enquanto Sansa está completamente determinada e forte. Ela quer lutar. Ela quer tomar tudo aquilo que pertence a eles de volta. Ela quer libertar o Norte dos Boltons. Ela quer ir para casa. E a gente concorda com ela! Jon não está tão certo sobre isso. Mas tudo muda até receber a carta de Ramsay Bolton, contando que está com Rickon (Art Parkinson) e fazendo uma série de ameaças.

PS: Ainda bem que Sansa chegou ao Castelo Negro antes de Jon Snow ir embora. Ao ver que ela chegava lá na promo do episódio semana passada, fiquei frustrada por antecipação ao imaginar que ela chegaria lá logo depois dele ter ido embora… E falando nela: agora Sansa se torna cada vez mais uma das personagens mais fortes da série. E isso também é ótimo, por causa de tudo que a personagem passou ao longo dos últimos seis anos.

“Se não tomarmos de volta o Norte, nós nunca estaremos seguros. Eu quero que você me ajude, mas eu vou fazer isso sozinha se precisar” – Sansa Stark para Jon Snow

No Vale, Mindinho (Aidan Gillen) retornou e mais uma vez mostrou suas habilidades magistrais de manipulação. Ainda não sabemos quão importante será a ajuda de Robin, mas ele é um senhor e pode comandar um exército, então ele tem sua utilidade, e foi certamente isso que Petyr Baelish viu.

Yara (Gemma Whelan) havia se convencido de que seu irmão morreu quando ela conheceu Fedor e frustrou os seus homens quando tentou resgatá-lo. Theon (Alfie Allen) garante várias vezes que não tem o desejo de se tornar o rei.

Em Porto Real, os Lannisters e os Tyrells se tornam improváveis aliados com o interesse em comum de derrubar o Alto Pardal (Jonathan Pryce). Por lá, o plano é fazer com que Margaery (Natalie Dormer) seja liberada da prisão, mas o Alto Pardal tem esperança de que ela é a única a fazer Loras (Finn Jones) “encontrar a luz” e “admitir seus pecados”.

Margaery é mais uma personagem feminina forte da série. Ela pode arranjar uma forma de sair dessa ilesa, com seu irmão ao seu lado. E isso provavelmente irá envolver o exército Tyrell. Ela finalmente recebe autorização para ver seu irmão, que está bem… derrotado.

Osha (Natalia Tena) morreu essa semana, em mais um assassinato brutal cometido por Ramsay. Uma pena, mas ninguém imaginou que Ramsay morreria assim, sem mais nem menos, né? Que isso aconteça em breve, mas que seja pelas mãos de Sansa (ou de Jon Snow, pelo menos).

Em Meereen, Tyrion Lannister (Peter Dinklage) tenta convencer Missandei (Nathalie Emmanuel) e Verme Cinzento (Jacob Anderson) que a sua “própria experiência recente com a escravidão” o ensinou os “horrores dessa instituição”. Missandei responde que seu breve período de servidão não é “longo o suficiente para fazê-lo entender” o que ela, o Verme Cinzento e outros ex-escravos viveram.

Sempre bom ver o pensamento ágil e como fazer diplomacia com Tyrion; ele é inteligente o suficiente para saber que algumas condições terríveis não podem ser mudadas do dia para a noite, apesar dos desejos de Dany. Tyrion (e os roteiristas, que mais uma vez foram os co-criadores David Benioff e DB Weiss) mostrou que está tentando manter a paz em uma cidade onde tensões antigas ainda existem. E tentando achar formas realistas, não tão sonhadoras, para fazer isso dar certo. Será que irá funcionar?

Com tantos títulos, é natural esquecer um dos mais importantes de Dany: “a Não Queimada”. Há cinco anos atrás ela entrou em uma pira funerária e saiu com três bebês dragões e sem uma única queimadura em sua pele.

A cena final do episódio com Daenerys (Emilia Clarke) foi simplesmente maravilhosa. Daario Naharis (Michiel Huisman) e Jorah Mormont (Iain Glen) conseguiram chegar onde ela está e iam resgatá-la, mas ela tinha uma ideia melhor. Ela prendeu os Dothraki Khal que a capturaram em uma tumba de fogo e saiu dela incólume. E todo o exército Dothraki se curvou a ela. Isso lembra algo de uma temporada antiga de Game of Thrones, não é mesmo?

  

A história de Daenerys estava bem lenta até agora nesta temporada, não dá para negar. Mas o episódio de hoje conseguiu levar seu enredo para uma direção interessante e finalmente prendeu minha atenção. Agora, sim, estou super empolgada para ver o que há por vir em sua história. A cena final de Game of Thrones, com o exército Dothraki se curvando a ela em frente ao local em chamas foi uma das cenas mais poderosas da série até hoje.

Nesse episódio, tivemos o retorno de alguns personagens queridos, vários reencontros entre irmãos (Margaery e Tyrell, Theon e Yara, e, claro, Jon e Sansa) e vimos Sansa e Daenerys tornarem-se muito ativas em seus próprios destinos, tomando decisões que impulsionam suas histórias individuais e a série para direções muito interessantes. Como não amar?

A cada semana de Game of Thrones, me sinto tentada a terminar a crítica dizendo: “Até agora, esse foi o melhor episódio da temporada”. E assim que deve ser, não é? Que continue assim, Game of Thrones!

Nota: 4.5/5

Confira a crítica sobre o episódio 6×01 – “The Red Woman”
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