Crítica

[Crítica] Love – 1ª temporada (Netflix)

[Crítica] Love - 1ª temporada (Netflix)
Em Love, acompanhamos a vida de Gus (Paul Rust), que é introvertido, nerd e cheio de amigos “esquisitos”, e Mickey (Gillian Jacobs), que é descolada, tem problemas com álcool, drogas, sofre de depressão e ansiedade. O que eles têm em comum? Apenas a idade e o histórico de relacionamentos fracassados. Os dois estão encarando o fim de seus relacionamentos.

A série original do Netflix foi criada por Judd Apatow, Lesley Arfin e pelo próprio Paul Rust. Nela, os personagens nasceram na década de 1980 e hoje buscam um sentido e propósito em suas vidas. Pode parecer apenas uma comédia romântica moderna, mas tem como diferencial seu humor destrutivo e o clima pessimista. 
E os coadjuvantes também são ótimos. O núcleo de onde Gus trabalha é sempre divertido, interessante, crítico e irônico aos modos de Hollywood. Os destaques são a atriz, Heidi (Briga Heelan), que Gus acaba ajudando a ter um papel de destaque na série e a adolescente a quem ele dá aulas, Arya (Iris Apatow). A atriz acaba tendo um grande papel durante a temporada e um ótimo desfecho.

[Crítica] Love - 1ª temporada (Netflix)
Enquanto Gus é o professor de atores teen de um seriado. Mas o sonho dele é virar um roteirista profissional. Ela trabalha como produtora num programa de rádio. Ao longo dos dez episódios de meia hora, Mickey e Gus constroem uma boa química e escancaram os estereótipos de seus personagens.

Eles se conhecem por acaso já no primeiro episódio e então criam uma relação que conquista quem assiste. Os dois acabam sendo muito carismáticos e é difícil não sentir empatia em vários momentos, até mesmo quando erram. Os dois também são egocêntricos e têm atitudes mesquinhas. Mas mesmo assim você se pega torcendo para que os dois “evoluam” e fiquem juntos.

[Crítica] Love - 1ª temporada (Netflix)

A série tenta fazer um retrato sobre o que é ter um relacionamento no século XXI. E o que ilustra isso bem é a primeira conversa entre Gus e Mickey, um pouco depois de se conhecerem. Eles passam a maior parte do caminho calados, fazendo poucas observações. E o envolvimento romântico dos dois demora a acontecer, mas quando acontece é fácil se entreter com a química entre Jacobs e Rust.

[Crítica] Love - 1ª temporada (Netflix)

De novo sobre coadjuvantes, tenho que destacar Brittie (Claudia O’Doherty). A australiana e colega de quarto de Mickey é mais um dos pontos altos da série. Ela é extremamente carismática e divertida, impossível não criar uma empatia imensa por ela também. Brittie traz alívio cômico, mas mesmo assim é muito complexa, tanto quanto os dois protagonistas. Fiquei querendo ver mais dela na segunda temporada.

[Crítica] Love - 1ª temporada (Netflix)

A primeira temporada de Love tratou de diversas formas de amor: o romântico, o da amizade e mesmo o amor próprio. E nada de uma forma convencional, como acontece em sitcoms ou comédias românticas, e sim trazendo tudo para o mundo contemporâneo, de internet, redes sociais e sensação de vida perdida e sem sentido. E não, a série não cai nos clichês. Pode não ser a melhor série do ano, mas é super agradável de assistir! A série também usa o quanto pode ferramentas e comportamentos comuns dos dias atuais: o crush, stalkear alguém, o dilema de ligar ou não ligar, os envios de mensagens de texto etc. 

Antes mesmo de estrear, Love já teve sua segunda temporada confirmada. Ela deve ser disponibilizada no Netflix no início de 2017.
Nota: 4/5

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