Crítica

[Crítica] Para Minha Amada Morta (2015)

[Crítica] Para Minha Amada Morta
Em Para Minha Amada Morta, nós acompanhamos o luto de Fernando (Fernando Alves Pinto), fotógrafo criminal, que está sofrendo com a morte da esposa. Em seu processo de luto, ele passa os dias olhando coisas de sua esposa, como arrumando roupas, organizando armários e assistindo VHS. 

Num desses VHS, entretanto, ele descobre um vídeo íntimo de sua esposa com um estranho. Com essa revelação, a imagem dela começa a ser desconstruída. Há um momento em que Fernando a assiste falar ao amante que ele foi “a melhor coisa que já lhe aconteceu”. E assim o seu mundo começa a desabar.
A partir daí ele começa a ficar obcecado em descobrir quem é essa pessoa e quer se vingar de alguma forma. O amante mora com sua família, é crente e tem um quartinho para alugar nos fundos de sua casa. Fernando vai para lá com o pretexto de ficar enquanto sua esposa está no hospital. e ninguém sabe quais são as suas intenções ali. Nem nós, o público. E nem ele? E enquanto ele não sabe, ele vai “estudando o território”. Ele irá seduzir a esposa do homem? Sua filha? Irá matá-lo? Irá contar o que aconteceu? Irá destruir essa família simples? A ameaça está sempre ali. E essas perguntas ficam rondando nossa mente.

[Crítica] Para Minha Amada Morta
O clima de tensão e de que alguma coisa está prestes a acontecer está sempre presente. Com uma história supostamente simples, o filme consegue acertar, prender a atenção e criar expectativa em quem assiste. É um bom filme nacional de suspense/thriller que sai do óbvio e tenta não cair em clichê.
Para Minha Amada Morta é um dos primeiros filmes do diretor Aly Muritiba. Ele ganhou o prêmio Silver Zenith no Montréal World Film Festival de 2015 e ainda levou sete Candangos no Festival de Brasília (prêmios de diretor, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, fotografia, direção de arte, montagem e o prêmio ABRACCINE, dado pela crítica).
Nota: 4/5

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