[Crítica] Scream Queens: 1×13 – The Final Girl(s)
Começamos a parte final da temporada em janeiro de 2016. Aparece Grace (Skyler Samuels) e Zayday (Keke Palmer) dando boas vindas para todas as novas integrantes da casa Kappa. As duas são co-presidentes. Hester aparece do lado com um tapa-olho. O mínimo né? Para alguém que enfiou um salto de sapato no olho… E aí começamos a ouvir a narração de Hester explicando todo o plano de vingança bolado durante 20 anos.
Todo mundo sabe que Lea Michele é queridinha de Ryan Murphy – e isso irritava muita gente em Glee, inclusive eu, pelo foco compreensível mas às vezes excessivo que Rachel Berry recebia, o que acabava deixando outros personagens e histórias em segundo plano e até esquecidos – mas, goste dela ou não, acho que temos que concordar que Lea arrasa! E esse foi o momento dela brilhar e mostrar um lado (ainda mais) maluco de Hester, assim como a sua criação absurda e insana.
Como a casa Kappa acabou apenas com as três e sem nenhuma Chanel? Graças a um plano mirabolante, que envolvia até contratação de atores para interpretar parentes. E um destaque para a parte em que Hester é aceita na faculdade e a crítica que a cena faz. Dean Munsch diz que o currículo dela é claramente falso, mas que vai aceitá-la porque é bom pra a imagem da faculdade parecer “inclusiva”.
Voltamos para o tempo atual. Ela acusou Chanel #5, depois Chanel #3 (Billie Lourd) e depois, claro, Chanel (Emma Roberts). E “provou” tudo isso trazendo seus “pais” (atores) e convencendo os pais de Chanel #5 a confirmar toda a história que queria. Denise Hemphill (Niecy Nash) mais uma vez está hilária, ouvindo todas as histórias mirabolantes e no fim dizendo que “sim, a história é meio suspeita”, e no fim acaba prendendo todas as Chanels.
E mesmo tudo sendo “muito suspeito”, Denise faz questão de deixar claro que ainda está de olho em Zayday Williams, quem ela fez questão de sempre dizer que é sua principal suspeita! <3
E então vamos até maio de 2016. A gente finalmente fica sabendo o que aconteceu com Chad Radwell (Glen Powell), que ficou sumido o episódio anterior inteiro, e ele estava ficando com Denise, que acabou o descartando em mais uma cena hilária.
Vemos também Dean Munsch (Jamie Lee Curtis) lançando o seu novo livro, “New New Feminism” (Novo novo feminismo). Ela faz um discurso genial e resume a premissa de seu livro em três palavras: “Mulheres são melhores”.
E então nós descobrimos que Dean Munsch sabe que Hester é a assassina, pois reconheceria a bebê da banheira. Ela diz que vai ter que entregar Hester (por que demorou tanto tempo para tomar essa decisão?), mas Hester sabe que ela também matou e as duas resolvem não contar os podres da outra para a polícia.
E no final das contas, as Chanels que pagaram por todos os crimes de Gigi (Nasim Pedrad), Boone (Nick Jonas) e Hester. Sem final feliz aqui. No dia do julgamento, elas iam ser inocentadas, mas Chanel xinga todo mundo e acabam mudando de ideia. As Chanels vão para um hospício, o mesmo que Gigi ficou com os bebês/crianças Boone e Hester.
E as Chanels acabaram adorando o lugar. Chanel #3 se apaixonou por uma enfermeira lésbica, Chanel #5 começou a ficar mais tolerável e legal (amém) e Chanel virou “presidente” do lugar, ou seja continuou mais ou menos na mesma posição de antes, meio que mandando em todos. Final feliz?
Depende. A última cena do episódio é ótima. Mostra o dormitório, Chanel revela que está super feliz e amando o hospício, que nunca quer sair de lá. Na hora de dormir, vemos que todas as mulheres ficam ao lado da outra e a cama de Chanel fica mais acima, em lugar de “destaque”, já que ela é presidente. E quando ela vai dormir… Hester aparece vestida de Red Devil para matá-la. Mas não sabemos se ela consegue ou não. E nós esperamos que não!
Não sabemos se a segunda temporada (que ainda nem foi confirmada) vai continuar a partir daí ou vai trazer nova história e novos personagens (como foi dito que aconteceria). Se esse foi o final, adoramos. Se for continuar, não podemos não pensar que vai ser meio forçado. Como eles vão criar um ambiente para um novo assassino? E Hester ficará impune? Ou ela e o novo assassino serão descobertos, mesmo ela “deixando de ser assassina”? Bom, se for continuar de onde parou, vamos acreditar que vão saber fazer bem.
A primeira temporada de Scream Queens foi exatamente o que se podia esperar das mentes que criaram American Horror Story e Glee. E uma série assim só poderia funcionar com ótimos atores, capazes de interpretar situações e diálogos com certa realidade e abraçar a loucura. E foi isso que aconteceu. Emma Roberts esteve sempre maravilhosa, mas Jamie Lee Curtis, Niecy Nash e nosso já amado Glen Powell conseguiram trazer um timing perfeito para a comédia. Também achei Chanel #3 divertida em diversos momentos.
Sobre a assassina Hester, era daquelas suspeitas tão suspeitas que você deixava de acreditar que era a suspeita – se é que deu para entender essa frase. Ela é daquelas personagens que pensamos, “ela é louca demais para ser a assassina”, e no fim das contas ela era realmente louca demais e também a assassina. Então parabéns para a série que deixou algo tão na nossa cara que nos deixou suspeitando e esperando outra revelação até o final.
E o último episódio conseguiu trazer o que Scream Queens faz de melhor. Comentários no ponto, humor extremamente engraçado, atuação e roteiro sagaz e hilário e quase todo mundo com final feliz, até aqueles que não mereciam. Se a série não tiver uma segunda temporada (o que não queremos e nem acreditamos que vá acontecer), já podemos ficar felizes com uma primeira temporada promissora.
Nota: 5/5
Leia a crítica da primeira parte da season finale, 1×12 – “Dorkus”, clicando aqui!