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Lea Michele fala sobre final de Scream Queens e possível segunda temporada

A primeira temporada de Scream Queens acabou com um episódio duplo que finalmente revelou quem estava por trás do Red Devil.
Foi revelado há alguns episódios que Boone (Nick Jonas) e Gigi (Nasim Pedrad) eram dois dos Red Devils. No final, descobrimos um pouco mais. Pete (Diego Boneta) confessou a Grace (Skyler Samuels) que usou a máscara do Red Devil algumas vezes e estava a par do plano. E após a confissão, o ‘último’ Red Devil o atacou e o matou.

Hester, ou Chanel #6, ou Colar Cervical (Lea Michele) sempre nos deu motivos para desconfiar dela. E ela era mesmo a bebê da banheira que até agora não sabíamos quem era.
Lea Michele conversou com o The Hollywood Reporter e falou sobre o final da temporada, o passado sombrio de Hester, a revelação do Red Devil e o que ela acha que o futuro reserva para Hester. E nós traduzimos a entrevista. Leia a entrevista completa abaixo!
Quando você ficou sabendo da verdade sobre Hester?

Fiquei sabendo literalmente quando o roteiro saiu. Na verdade, eu estava em Nova York com Emma Roberts e Keke Palmer fazendo um evento para a imprensa sobre a série, e eu estava nesse evento e ainda não tinha o roteiro porque não estava em New Orleans. E Keke tinha acabado de chegar em Nova York de New Orleans com o roteiro, e eu falei tipo, “Oh, vocês pegaram o roteiro do final?” E Keke respondeu, “Sim, você não leu?” E eu disse, “Não. Quem é?” E ela respondeu, “É você!”, e eu, “Você está mentindo.” “Não, é você mesmo”. Você tá brincando? Então eu tive que perguntar ao Ryan Murphy, é claro, e ele disse tipo, “Você está feliz?” E eu respondi, “Oh meu Deus! Não consigo acreditar!” Ele me falou desse papel há um ano e disse, “É, eu acho que vai ser bom para você. E acho que vai dar a oportunidade das pessoas verem você de uma maneira diferente. Você vai poder ser muito engraçada”. E ele não me deu nenhuma pista sobre o que aconteceria. Nenhuma pista.
Então você ficou genuinamente surpresa com a revelação?

Sim. Eu tinha a sensação de que estava envolvida de alguma maneira, mas não que era tudo eu. Eu realmente pensava que era tudo o Oliver [Wes, pai da Grace].
Qual era a sua teoria durante todo esse tempo?

Ele ou Skyler [Grace].
Você acha que muita gente subestimou Hester porque era quase óbvio demais que havia algo errado com ela?

Eu senti como se era fosse suspeita demais para ser realmente real. Mas comecei a pensar, “Bom, eu posso ter alguma relação com Jonas [Boone]”. Eu pensei, “Talvez eu esteja relacionada a ele e eu seja a outra bebê, mas eu fui deixada para adoção e não tenho nada a ver com nada”. Foi isso que pensei que estava acontecendo. Mas então descobri o extremo disso, que é que tudo realmente era eu.
Em algum momento, quando você achava que poderia talvez ser você, isso vez você mudar algo em sua atuação e escolhas?

Tipo, eu realmente não sabia que era eu. Eu sinceramente achei que não era. Houve alguns momentos. Um momento que se destacou para mim foi quando eu segurei a faca no episódio de Ação de Graças e o roteiro dizia, “Hester entra diabolicamente, segurando uma faca, dizendo que é fácil cortar carne assada” ou algo do tipo. E o nosso diretor disse, “Fale isso bem intensamente”. E eu pensei, “Bom, isso é esquisito”. Se você me pede para fazer isso, é meio esquisito. Mas apesar disso, eu realmente estava apenas focando nela ser real. Toda temporada, eu tive o potencial de ir além do limite, então eu quis realmente focar em fazer dela uma personagem real que não era inacreditável. Cada coisinha com o colar cervical se tornou extrema. Mesmo quando eu simplesmente olhava para o lado direito, parecia muito maior e mais engraçado do que eu imaginava. Era realmente sobre tentar o tom correto e encontrar os pequenos momentos engraçados e usar meus olhos e rosto para tentar encontrar esse balanço. Era nisso que minha mente ficava, não em “Eu sou a assassina ou não?” Eu entendi que eles podiam lidar com isso na edição.

Como o restante do elenco reagiu?

Todo mundo ficou muito chocado. Eu acho que foi a melhor reviravolta do episódio final. Significa coisas bem interessantes para a segunda temporada, espero. Eu acho que começamos a ter algumas pistas. Foi definitivamente reduzido a mim, Oliver [Wes] ou Skyler [Grace]. Acho que talvez eles ficaram menos chocados que fui eu. Eu acho que para quem vê de fora, ela claramente era suspeita. Mas para mim, conhecendo os criadores Ryan, Brad e Ian tão bem, eu realmente pensei que se fosse eu, eu teria alguma sensação vindo deles. Mas eles fingiram bem.

É muito surpreendente que ela sai limpa de tudo.

É! E é tão legal ver toda a história do por que ela fez o que fez, de onde ela veio. Eu ainda não vi, então estou muito empolgada. Mas foi muito divertido filmar toda a história.

Então você não viu a cena em que fura o olho? É bem intensa.

Foi ainda mais intenso filmar aquilo.

Como foi filmar?

Meu Deus, não foi engraçado. A gente tinha que filmar e tinha uma super-cola no sapato de salto alto com a ponta dele perto do meu olho. Meu deus, aquelas próteses loucas. Eu nunca fiz algo assim antes. Mas foi muito legal! Mas quando você tem que fazer algo assim, não é a coisa mais confortável do mundo.

O que você acha que motivou Hester? Apenas a necessidade de vingança pelo que aconteceu com sua mãe?

Infelizmente, ela foi criada ao redor de muita loucura e maldade, com Gigi sendo tão depressiva e tão irritada e crescendo num lugar tão excêntrico. Ela tinha tudo para dar errado desde o primeiro dia. Eu não acho que ela viu sua vida ir em outra direção além do caminho da vingança.

Você teve muitas falas engraçadas nessa temporada. Você gosta de ser capaz de fazer um papel tão cômico?

Verdade. Sou muito grata a Brad, Ryan e Ian por me darem tanta liberdade para interpretar Hester. Eles me deixaram interpretar com diferentes níveis de comédia, e eu realmente fazia isso, assim como coisas menores. Ter a flexibilidade e essa opção como ator é uma benção. E tendo interpretado a mesma personagem durante sete anos na minha última série e ter agora que fazer algo totalmente diferente foi inacreditável. E também as pessoas me verem logo após Glee foi ótimo. Eu acho que é fácil para as pessoas simplesmente me verem como um personagem, e assim que as pessoas escutam algumas frases de Scream Queens, isso definitivamente não é mais um problema.

Qual é a sua coisa preferida de interpretar Hester? É por que ela é algo diferente de Rachel Berry?

Com certeza. Eu acho que há muitas coisas incríveis, mas como atriz, vindo de estar envolvida com uma série tão histórica por tantos anos e ter a oportunidade de pular em algo logo depois e mostrar para as pessoas um diferente lado de quem eu sou como atriz foi uma benção. Eu cresci assistindo Gilda Radner, Cheri Oteri, Molly Shannon. Essas são as mulheres que eu amava. Elas interpretavam personagens bem cômicas. Todas essas mulheres eram muito livres em suas comédias. Eu tive a oportunidade de interpretar Rachel Berry, mas ainda mais com Hester. Eu tive que levar para um outro nível. Essa é uma ótima experiência de aprendizado e uma ótima oportunidade, e mal posso esperar para continuar abrindo minhas asas.

A relação entre Chanel Oberlin e Hester realmente evoluiu ao longo do tempo. Você acha que elas se importavam uma com a outra?

Oh meu Deus, com certeza. A única vez que você vê Chanel em seu momento mais real foi no jantar de Ação de Graças na casa da família Radwell. Ela realmente viu que eles estavam ferindo Hester, então ela a defendeu. Emma e eu amamos interpretar esses momentos onde podíamos ir uma para a outra e também amamos os momentos onde podíamos ser melhores amigas. A gente pode fazer coisas tão ótimas juntas. Estava falando com ela ontem, e ela na verdade está de volta a New Orleans, trabalhando em um filme, no mesmo local que fizemos Scream Queens. E ela disse tipo, “Vem pra cá. Não posso ficar aqui sem você”. A gente se aproximou muito nessa experiência juntas. E estou muito grata porque sou fã dela há muitos anos. Trabalhar com ela foi incrível.

Algumas de suas melhores cenas foram com Glen Powell [Chad]. Como foi trabalhar com ele?

É engraçado como o mundo funciona. Eu conheço Glen há anos. Ele é companheiro de quarto de Chord Overstreet, com quem trabalhei em Glee. Então eu sempre vi Glen como colega de Chord, e pensava que ele era um bom rapaz. Então eu ouvi que ele ia fazer parte da série, e fiquei muito empolgada porque íamos trabalhar juntos. Eu já pensei, anos atrás, que eventualmente nós estaríamos numa série juntos e teríamos que fazer coisas loucas. Acho ele muito talentoso. Ele é tipo Vince Vaughn e Brad Pitt em uma pessoa só. Ele é obviamente bonito, mas também muito engraçado. Eu amei trabalhar com ele, e realmente senti que Hester e Chad eram incríveis. Queria que fizéssemos mais coisas juntos. Talvez se tudo der certo com a segunda temporada, haverá um futuro para Hester e Chad.

O que mais você pensa que o futuro reserva para Hester numa possível segunda temporada?

Vai ser interessante, porque Ryan mencionou que vai haver um novo assassino ano que vem. E vai ser muito engraçado se todos pensarem que é Hester, e ela ficar tipo, “Hum, não, na verdade não sou eu dessa vez”. E então acho que ela poderia estar na posição de alguém vir depois dela, o que vai ser muito divertido de interpretar. Esse ano, era mais interessante ter sempre que interpretar com a possibilidade de você talvez ser o assassino. Mas ir para outra temporada e potencialmente ser a vítima pode ser divertido.