[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×07 – Flicker
Aqui está um bom episódio de American Horror Story: Hotel. O sétimo episódio da temporada mostrou a história da Condessa (Lady Gaga). Antes de qualquer coisa: Lady Gaga está ótima no papel.
A série nos levou aos anos 1920, com uma Condessa bem apaixonada e até ingênua. Ela estava apaixonada por Rudolph Valentino (Finn Wittrock). E o romance dele com Natacha Rambova (Alexandra Daddario) é a deixa para conhecermos a relação da Condessa com Mr. March (Evan Peters) e até mesmo com o Hotel Cortez.
O episódio mostrou a Condessa, desde que ela era uma ingênua garota até a personagem que conhecemos hoje. No episódio, vimos que o Mr. March nunca teve a Condessa aos seus pés e o seu coração de verdade. O episódio da semana de American Horror Story: Hotel mostrou a Condessa procurando ajuda do médico de Murder Houser (!). Foi uma ótima conexão com a primeira temporada da série.
“Flicker” conseguiu fazer algo que pode ser um pouco raro em AHS: empatia. Em Hotel, foi fácil ter empatia por Liz Taylor (Denis O’Hare) e Iris (Kathy Bates). Querendo ou não, a Condessa tem um papel crucial na história das duas; a Condessa foi fundamental para Liz Taylor se aceitar como é. A Condessa é o centro da temporada, tudo gira em torno dela. Todos os personagens, as histórias e o hotel em si. A Condessa é capaz de se transformar e de transformar outras pessoas, ela ajuda pessoas a irem de encontro com o que elas têm dentro de si mesmas. Quando ajudou Liz Taylor, dava pra ver o brilho em seus olhos.
Em 1925, a Condessa foi convidada por Rudolph para jantar com ele e sua esposa Natacha. O casal seduziu a Condessa e um triângulo amoroso se iniciou. Elizabeth se apaixona pelo casal e fica devastada quando descobre que Rudolph morreu. Quando ela está pronta para se matar, ela é parada por March. E é aí que a relação dos dois se inicia. Meses depois, Rudolph e Natacha a visitam e afirmam que tiveram que fingir a morte dele. Eles transformam Elizabeth em vampira e planejam fugir juntos. Mas March aprisiona o casal nas paredes do Hotel Cortez (!) e Elizabeth fica esperando os dois em vão… e conclui que foi abandonada.
Isso não foi explicado explicitamente, mas dá para supor que Elizabeth gosta de partir corações como uma forma de fazer as pessoas sofrerem e sentirem o que ela sentiu nessa época, que foi a pior de sua vida. Todas as informações que tivemos sobre o passado de Elizabeth também ajudam a entender bem a relação dela com March e até algumas atitudes “excêntricas”, como quando descobrimos que ela gosta de sufocar March quando estão fazendo sexo.
Além do bom desenvolvimento do episódio, que conseguiu amarrar algumas pontas que estavam soltas e dar algumas respostas, ele também foi visualmente bom, como uma ode ao expressionismo alemão.
O decepcionante do episódio foi John Lowe. Não dá. Sétimo episódio da temporada e ainda sinto que a temporada só perde com a história dele. Ele continua em busca do assassino dos Dez Mandamentos… a história dele é frustrante. hahahaha Mas “Flicker” mostrou como American Horror Story: Hotel poderia ser bom com foco e com bom desenvolvimento dos personagens. Se a cada episódio me interesso menos pelo enredo de John Lowe, toda a história adicionada ao enredo da Condessa só me deixou mais curiosa para continuar a temporada.
Leia também:
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×01 – Checking In
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×02 – Chutes and Ladders
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×03 – Mommy
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×04 – Devil’s Night
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×05 – Room Service
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×06 – Room 33
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×08 – The Ten Commandments Killer
[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×09 – She Wants Revenge