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[Crítica] American Horror Story: Hotel – 5×03 – Mommy

O terceiro episódio de American Horror Story: Hotel, “Mommy”, foi focado nas relações das mães com seus filhos. As tramas da temporada começaram a ser delimitadas e passaram a ficar mais interessantes. A Condessa (Lady Gaga) é a personagem que une a maior parte dos enredos.

A Condessa está envolvida na trama do sumiço de Holden, se relaciona com Donovan (Matt Bomer), está envolvida na relação de Donovan com sua mãe (Kathy Bates), envolvida diretamente no enredo de Tristan e, em seu próprio enredo, com desejo de vingança. Além de toda sua importância para a temporada como personagem, acho que Lady Gaga está ótima como atriz. O estilo, ângulos, câmeras, trilha sonora, tudo ajuda a deixar cada uma de suas aparições bem grandiosas, e Gaga responde à altura.



No enredo do detetive Lowe (Wes Bentley), vemos o seu casamento com sua esposa Alex (Chloe Sevigny) morrendo. Após Holden ser sequestrado, nada foi igual entre eles. Neste episódios também pudemos ver um pouco mais sobre Alex e a relação íntima, cheia de amor maternal, que ela tinha com Holden. Para mim, o ponto fraco da temporada continua sendo o caso policial. O enredo sobre o assassino que o detetive Lowe está investigando ainda não conseguiu prender minha atenção.

Tivemos ainda James P. March (Evan Peters) descrevendo os labirintos das câmaras de tortura do hotel. E fomos apresentados a Ramona (Angela Bassett). A Condessa existe há mais de 100 anos, então claro que Tristan e Donovan não foram seus únicos amantes. Na década de 1970, sua amante era Ramona. Quando ela sequestra Donovan, nos conta sobre seus planos de destruir a Condessa. As duas estavam apaixonadas na década de 1970. No início dos anos 1990, Ramona se apaixonou por um rapper em ascensão. A Condessa matou o rapper e baniu Ramona. Agora, Ramona quer se vingar levando tudo o que importa para a Condessa: seus filhos.

Também na temática mãe-filho, temos o enredo de Donovan e Iris (Kathy Bates). Ao notar que não é amada pelo filho, Iris pede que Sally (Sarah Paulson) a mate. Ela injeta várias drogas em sua veia, em vão. Em seguida, Sally coloca um saco na cabeça de Iris para asfixiá-la. Donovan, por sua vez, em conversa com Larry (Denis O’Hare), percebe que ele pode encontrar alguém que faça o melhor sexo, que o trate melhor, mas “nunca encontrará alguém que o ame tanto quanto sua mãe”. Ele vai em busca de sua mãe e encontra Iris morta, na cama. Donovan resolve cortar o pulso pra trazer sua mãe de volta à vida, fazendo-a ingerir de seu sangue para também virar vampira.



Não é novidade a temática numa série de Ryan Murphy: American Horror Story: Hotel é mais uma aprofundando a relação entre pessoas decadentes. A série sempre mostrou o lado podre dos seres humanos. Mocinhos podem ser meio duvidosos. Em Hotel todos são meio perdidos e têm relações problemáticas. E isso é exibido entre muito sangue e horror. Neste episódio, entretanto, o foco maior não foi no horror e no sangue, e sim na história e relações entre personagens.

“Que justiça poética distorcida”

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