Lea Michele sobre Scream Queens: ‘Eu acho que o assassino é uma mulher’
Lea Michele acabou de gravar Glee há pouco tempo e já entrou em uma nova série. De Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan, mesmos criadores de Glee, Scream Queens começou na última-terça feira. A série traz Lea como Hester (ou Colar Cervical), que é um pouco estranha e tem uma intensa fascinação com a morte.
Confira abaixo entrevista completa com Lea sobre a série.
Ela é o oposto de Rachel. Esse é o apelo?
Honestamente, quando me ofereceram esse papel eu não sabia de nada. Mas eu confiei que Ryan criaria algo para mim que seria a oportunidade mais incrível de mostrar um diferente lado e uma cor diferente. No início, a única coisa que ele falou para mim sobre o projeto foi ‘Colar cervical’. E eu fiquei tipo, “Bom, acho que não há forma melhor para mostrar algo completamente diferente de Rachel Berry do que um colar cervical”.
A coisa que fico mais agradecida com essa personagem é a oportunidade de mostrar para as pessoas um lado completamente diferente. Eu acho que há um problema em ser parte de uma série por sete anos, ser um personagem tão icônico, para então mudar para outra coisa. Eu não consigo pensar numa melhor forma de mostrar um diferente lado meu do que interpretar Hester.
Hester passa por uma transformação no episódio 3. Você quis uma transformação? Você ficou tipo, ‘Eu só consigo ficar com esse colar cervical por um certo tempo’?
Eu não sabia sobre a transformação, mas eu posso dizer que conheço Ryan Murphy muito bem e não há nada que ele ame mais do que uma boa transformação. Mas também vou dizer que o colar cervical volta.
Eu ouvi falar que o colar cervical volta!
Volta. Quando eu abri o roteiro, fiquei tipo, ‘O que? Perdão?’ Mas ele tem um papel importante no retorno, vocês verão.
Soube que Chad e Hester têm uma relação porque os dois gostam de ter encontros sexuais com coisas mortas.
Eu acho com certeza que ela força uma relação. Ela faz isso meio que impossível. Você não tem ideia o monte de coisas que eu tive que falar nessa série. Eu escrevi para Brad e Ryan uma noite e disse, ‘Uh, sério? Vocês estão, tipo, brincando?’ Mas eu amei. Eu acho mesmo que é uma série incrível. E muito inteligente. E muito engraçada.
Ela é muito louca e estranha.
Muito. Demais. Mas no fim de tudo, o que eu realmente gosto sobre ela é que ela é muito obcecada por Chad, tipo 100%, mas está lá por inteiro para essas garotas. Há uma história que acontecerá mais tarde na série que deixa eu e Emma juntas e deixa os garotos meio que de lado e une as garotas. Eu li o roteiro dia desses e escrevi para Ryan tipo, ‘Esse girl power é muito forte’. Ele é muito bom em ser engraçado e então realmente transmite uma mensagem verdadeira. E isso foi o que fizemos em Glee o tempo inteiro, e ele está fazendo isso aqui e deixando essas garotas juntas. Eu acho que é tudo sobre as garotas, e é por isso que acho que o assassino é uma mulher e é por isso que acho que o herói é uma mulher.
Interessante. Billie Lourd, que interpreta Chanel nº3, acha que a assassina é você.
Todos pensam que sou eu agora. Às vezes também acho que sou eu.
Nenhum de vocês sabe quem é o assassino e você não sabe quem irá morrer até ler os roteiros. Como é isso?
Eu realmente não sei o que vai acontecer, e não gosto de inconsistências. Eu escrevo para Ryan o tempo inteiro. Eu recebo o roteiro e ele escreve para mim, ‘Graças a Deus que você não morreu, ranha’. E eu digo ‘É, obrigada Deus, Ryan, né? Porque todos nós sabemos o que vai acontecer se eu morrer. Eu vou assombrar você. Todos os dias. Eu vou tocar sua campainha todas as manhãs”. Eu não quero morrer.
Então você faria uma segunda temporada se morresse?
Claro. Eu voltaria como um fantasma e seria a Hester fantasma.
Ryan disse que ficou muito animado e feliz que você ria todos os dias e fazia todos rirem. Você teve uns anos bem difíceis, e Glee foi uma experiência intensa. Você se sente mais leve agora?
Cem porcento. Com certeza. Não tenho nada a fazer com o passado. Principalmente porque isso é tão engraçado e divertido. É realmente uma comédia. Mas Ryan chegou para mim com esse projeto dizendo que era apenas pelo fato de que somos família, que ele não queria dizer adeus, eu não queria dizer adeus, então vamos continuar trabalhando juntos. E Glee teve seus momentos incríveis. Foi o melhor do melhor e também algo do pior do pior. E eu não quero dizer isso de uma maneira incrivelmente dramática, é apenas a realidade. Atualmente estão em um momento incrivelmente feliz em minha vida, muito mesmo. E ter um projeto incrível como esse é uma benção. Eu não poderia estar mais grata.
Vocês sentem a pressão? Eu perguntei isso para Ryan e Brad. Eles estão vindo de American Horror Story, e você está vindo de Glee. Você sente a pressão de ter vivido uma série icônica que foi um fenômeno?
Ryan, Brad e Ian são gênios, e eles fazem certo. Eles funcionam como dupla, funcionam como trio. Então eu confio minha vida à Ryan – literalmente, minha carreira, minha vida, qualquer p*rra que ele quiser que eu faça. Você quer que eu use um colar cervical e fale sobre como amo fazer sexo com corpos mortos? Pode deixar. Ele faz certo. Há pessoas inovadoras agora na televisão. Estamos na era de ouro, estamos no renascentismo da televisão. E têm pessoas que estão criando isso, e eles são essas pessoas. E eu vou segurar a mão deles 100%.