Emma Stone diz que percebeu como Hollywood gosta de ‘branquear’ os filmes
Emma Stone interpreta Allison Ng no filme Aloha, de Cameron Crowe. Sua personagem tem descendência havaiana e asiática e ela ter sido a atriz escolhida para o papel gerou diversas críticas. Cameron Crowe pediu desculpas “a todos que não gostaram dessa escolha de elenco estranha e equivocada”.
Emma Stone está atualmente promovendo o filme ‘Homem Irracional’ de Woody Allen e falou pela primeira vez sobre o assunto. “Eu me tornei o alvo de muitas piadas,” disse ela. “Aprendi em um nível macro sobre a história insana de como Hollywood gosta de ‘branquear’ os seus filmes e como esse problema é realmente predominante. Isso acendeu uma conversa que é muito importante.”
Em defesa de ter sido a atriz escolhida para o papel, ela disse: “O personagem não deveria se parecer com sua descendência, que era meio havaiana e meio chinesa”.
Emma também falou sobre a tendência de Hollywood de escalar jovens atrizes para interpretar o interesse romântico de homens muito mais velhos. Nos dois filmes de Woody Allen, ‘Magia ao Luar’ e ‘Homem Irracional’, Emma foi par de atores bem mais velhos: Joaquin Phoenix e Colin Firth.
Essa diferença gritante de idade já fez a Vulture criar uma matéria sobre o assunto, falando do “problema do homem mais velho” com gráficos que mostravam como Emma, ao lado de algumas das atrizes mais requisitadas do momento, Jennifer Lawrence e Scarlett Johansson, são frequentemente colocadas em filmes ao lado de homens muito mais velhos.
“Isso é excessivo em Hollywood e definitivamente tem sido assim há um longo tempo, tanto culturalmente quanto nos filmes”, disse ela. “Mas em ‘Homem Irracional’, é intencional ter essa diferença de idade; o filme é exatamente sobre essa disparidade. Já em ‘Magia ao Luar’ eu e Colin Firth conversamos sobre a diferença de idade enorme, porque ele nasceu no mesmo ano que o meu pai.”
E continuou: “Há um monte de conversa sobre como queremos ver as pessoas representadas na tela e o que precisamos mudar nessa indústria para refletir a cultura de uma forma mais clara, e não de uma forma idealizada. Há algumas falhas no sistema… Meus olhos se abriram em muitos aspectos este ano.”